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[2ª Série] Filosofia: Dogmatismo e Ceticismo

sábado, 26 de maio de 2012

O dogmatismo do senso comum pode ser compreendido como aqueles argumentos que aceitamos como certezas sem questionamentos. A pessoa dogmática fixa-se na ideia que supõe ser verdadeira e abre mão da dúvida, tentando impor aos demais o seu ponto de vista. Exemplos claros do dogmatismo do senso comum são encontrados na política mundial, como o totalitarismo soviético e o regime político nazista na Alemanha do século XX. Ambos os regimes políticos, tiveram como fundamento doutrinas políticas que pretendiam ser as únicas maneiras verdadeiras de se agir. Pelo convencimento de suas teorias, conquistaram multidões ao ponto de impô-la aos outros, de tal forma que, por meio da força e do uso da violência, praticaram crimes à humanidade, por conta daquilo que criam ser a verdade.
O dogmatismo filosófico diz respeito àqueles filósofos que estão convencidos de que a ração pode alcançar a certeza absoluta, a verdade absoluta. Imannuel Kant chama os filósofos anteriores a ele de dogmáticos. Diz que estes “não acordaram do sono dogmático”. Estes filósofos, segundo Kant, ainda mantêm a confiança não questionada no poder que a razão tem de conhecer. Kant diz ainda que não podemos conhecer as coisas em si, mas apenas os fenômenos, isto é, como elas nos apresentam.
Para Kant, o dogmatismo é "toda atitude de conhecimento que consiste em acreditar na posse da certeza ou da verdade antes de fazer a crítica da faculdade de conhecer".
São exemplos de filósofos dogmáticos, segundo Kant: Platão, Aristóteles, Descartes.

Ceticismo

Os céticos radicais dizem que é impossível a nós o conhecimento verdadeiro sobre as coisas. Os moderados suspende provisoriamente qualquer juízo ou admite apenas uma forma restrita de conhecimento, reconhecendo os limites para a compreensão da verdade. Até para os mais radicais, mesmo que seja impossível encontrar a certeza, não se deve abandonar a busca pela verdade.

Górgias, sofista contemporâneo a Platão foi um cético importante da antiguidade. Segundo ele, 1) Nada existe; 2) Mesmo se algo existisse, sobre isso nada poderia ser sabido; 3) Mesmo se se pudesse saber algo, o conhecimento acerca disso não poderia ser comunicado a outros; 4) Mesmo que pudesse ser comunicado, não poderia ser compreendido.

Pirro de Élida ele distingue o que é o bem por natureza e o que é o bem pelas convenções humanas e chega à conclusão de que não existem coisas verdadeiras ou coisas falsas, não existe também na natureza conceitos como a feiúra e a beleza ou a bondade e a maldade, esses conceitos todos são criações dos homens e ele os nega por serem somente uma convenção, um costume. Por isso não podemos fazer juízos sobre as coisas. Além do mais é impossível afirmar se algo é realmente falso ou verdadeiro, se uma atitude é justa ou injusta. Todos esses conceitos vão depender do que está convencionada nas relações sociais e não da natureza, e essa não faz convenções. A atitude coerente do sábio é a suspensão do juízo e, como consequência prática, a aceitação com serenidade do fato de não poder discernir o verdadeiro do falso.

Montaigne, no Renascimento retoma o ceticismo. O filósofo leva em conta a influência de fatores pessoais, sociais e culturais na formação das opiniões, sempre tão instáveis e diversificadas. Ele valoriza a subjetividade.

3 comentários:

Anônimo disse...

Professoa perdao, mas eu ja li um monte de vez esse negocio de Dogmatismo e Ceticismo e eu nao entendi nada! :-(

Anônimo disse...

obrigada mesmo, procurei em todo canto um texto de facil entendimento sobre o dogmatismo filosofico, esse assunto é muito dificil e tenho que fazer um trabalho, mais uma vez obrigado seu texto foi ótimo pra mim.

Anônimo disse...

ótimo conteúdo para os leitores que gosta de filosofia.

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