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[2ª Série] Sociologia: Racismo

quinta-feira, 20 de fevereiro de 2014

Caros alunos,

Nas últimas aulas estudamos a origem da Sociologia brasileira. Vimos que a trajetória sociológica em nosso país pode ser dividida em três fases e que a segunda fase compreende, entre outros temas, a questão racial, a miscigenação e a contribuição do negro no desenvolvimento da sociedade brasileira.

Sobre esse tema, vimos que Gilberto Freyre foi o estudioso mais importante. Da interpretação de sua obra Casa Grande & Senzala surge o conceito de democracia racial que, resumidamente, significa a igualdade e o respeito entre as etnias. 

Mas, será que o Brasil já viveu ou vive de fato uma democracia racial? Vivemos em uma sociedade livre da discriminação e do preconceito? Não. A democracia racial ainda é um mito, uma inverdade, pois apesar de poucos admitirem o seu preconceito, ele existe de forma velada, sem manifestações explícitas.

Exemplos do racismo velado podemos encontrar nas novelas, que na maioria das vezes reservam aos negros, mulatos e nordestinos papeis de empregados domésticos, porteiros, ladrões e favelados, o que reforça e propaga o preconceito e esteriótipos. As piadinhas sobre minorias também são manifestações de preconceito que contribuem para que ele continue existindo.

Além desses, outros exemplos podem ser dados, mais graves e que interferem diretamente na vida dos brasileiros. Segundo dados do IBGE, um trabalhador negro no Brasil ganha, em média, pouco mais da metade do rendimento recebido pelos trabalhadores de cor branca. Em termos numéricos, estamos falando de uma média salarial de R$ 1.374,79 para os trabalhadores negros, enquanto a média dos trabalhadores brancos ganham R$ 2.396,74. 

Na educação a desigualdade também é evidente. A baixa representatividade de negros nas escolas e universidades brasileiras evidencia a dificuldade de acesso e de permanência desta população nos bancos escolares. Dados do IBGE mostram que, no Brasil, na população de 10 anos ou mais, os negros possuem, em média, 5,9 anos de estudo e os não-negros, 7,7. Dos jovens negros de 18 a 21 anos que estudavam e trabalhavam, apenas 17,4% cursavam o ensino superior. 

A música abaixo, do cantor e compositor Gabriel, O Pensador faz uma crítica ao racismo, além de descrever como as pessoas propagam e reforçam o preconceito. Assista e reflita sobre o tema! 



Acompanhe a letra aqui.

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Publicação disponível também no Blog do MABEVE

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