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[2ª Série]: Filosofia: Esquemas do Slide sobre Aristóteles.

terça-feira, 15 de outubro de 2013

Conceitos de Ética:

• A palavra ética vem do grego Ethikós, que significa “modo de ser”.
• Trata o comportamento humano pelo seu valor moral, a natureza do bem e do justo.
• É também chamada de filosofia moral, por tratar dos valores em sociedade, isto é, do comportamento humano pelo seu valor moral.
• Tem por objetivo elaborar uma reflexão sobre os problemas fundamentais da moral, mas fundada num estudo do conjunto das regras de conduta consideradas como universalmente válidas.
• Está mais preocupada em detectar os princípios de uma vida conforme a sabedoria filosófica, em elaborar uma reflexão sobre as razões de se desejar a justiça e a harmonia e sobre os meios de alcançá-las.

Aristóteles
• Filósofo nascido na Macedônia em 384 a.C.
• Foi discípulo de Platão.
• Autor da Ética á Nicômaco; Ética à Eudemo e Grande Ética.
• Ética à Nicômaco é considerado um escrito de Aristóteles maduro, com o seu sistema filosófico próprio e definitivo.
• Foi escrito entre 335 a.C. a 323 a.C.
• A Ética, nas obras aristotélicas, é considerada como uma parte ou um capítulo da política, que antecede a própria política.
• Diz respeito ao indivíduo, enquanto a política considera o homem na sua dimensão social.
• A sua teoria ética objetiva estabelecer o bem tanto ao indivíduo quanto à sociedade num todo.
• O comportamento ético é o que se considera prudente.
“(...) os homens tornam-se arquitetos construindo e tocadores de lira tangendo seus instrumentos. Da mesma forma, tornamo-nos justos praticando atos justos”. – Aristóteles
• A Ética serve como condução do ser humano à felicidade.
• Acredita que o exagero é motivador para criação de conflitos com outros indivíduos ou com a sociedade.

A ética do equilíbrio de Aristóteles
• Reflexão ética racionalista.
• Perguntou-se sobre o fim último do ser humano: A FELICIDADE.
• Felicidade maior para Aristóteles se encontra na vida teórica, que promove o que há de mais especificamente humano: a razão.
• Agir corretamente seria praticar as virtudes.

VIRTUDE:
“A virtude moral é um meio-termo entre dois vícios, um dos quais envolve o excesso e outro deficiência, e isso porque a sua natureza é visar à mediania nas paixões e nos atos”.
• Aristóteles procura uma ética do meio-termo, onde a virtude consistiria em procurar o ponto de equilíbrio entre o excesso e a deficiência.
• Aristóteles afirma a necessidade da responsabilidade para uma ação ser considerada como moralmente válida.
• O indivíduo só é RESPONSÁVEL moralmente por uma ação quando ele tem CONSCIÊNCIA quando é LIVRE.
Ex. 1: Uma criança de 4 ou 5 anos que ao brincar com um fósforo coloca fogo acidentalmente na casa não pode ser responsabilizada pela sua ação, pois não teve consciência do perigo ao brincar com o fogo.
Ex. 2: Uma pessoa é obrigada a cometer um roubo sob a ameaça de morte. Ela também não poderá ser responsabilizada pelo seu ato, uma vez que, apesar de ter CONSCIÊNCIA MORAL de seu ato, ela não o fez de forma LIVRE. Não teve escolha. Ela foi coagida a fazer COAÇÃO EXTERNA.
Ex. 3: Um adulto que sofre de problemas mentais, durante um surto psicótico comete um assassinato. Ele não poderá ser responsabilizado pelo crime que cometeu pois, não pode escolher agir daquela maneira.
Patologias mentais ou neurológicas que impedem o sujeito de discernir entre o certo e o errado são chamadas, em relação ao agir moral, de COAÇÃO INTERNA.
• Não há moralidade em uma ação irresponsável, ou naquela em que o sujeito não agiu com pleno conhecimento. CONSCIÊNCIA – LIBERDADE – RESPONSABILIDADE - JULGAMENTO MORAL
• FUNÇÃO DA ÉTICA ARISTOTÉLICA: buscar compreender o caminho para que o homem alcance a FELICIDADE.
• FELICIDADE: está ligada intrinsecamente à ética. “Ética eudaimônica”.
• A Felicidade consiste na realização humana e o sucesso daquilo que o homem pretende obter ou fazer e assim ele o faz no seu mais alto grau em excelência, buscando desenvolver as virtudes.


A Ética do MEIO-TERMO: Nem a falta, nem o excesso.
• Caracteriza-se como conduta ética a partir do momento em que a pessoa conhece a si mesmo e assim ela possui um equilíbrio sobre si, o que é muito difícil de conseguir.
• A ação ética é caracterizada pelo EQUILÍBRIO e deve ser evitada qualquer ação extremada.
• Feliz é aquele que vive as virtudes dentro da “polis”.
• É aquele que vive uma vida intelectual, sendo capaz de dirigir bem a vida, deliberando de modo correto o que é bem ou mal para si.
• Há uma medida para todas as ações humanas, que é o justo-meio, o meio termo.
• As virtudes intelectuais são as melhores, porque a melhor parte do homem é aquela que concebe um princípio racional.
• Virtudes intelectuais: aquelas que nascem e progridem graças aos resultados da aprendizagem, isto é, da educação. Leva tempo e demanda experiência.
• Virtudes morais: são adquiridas pelo hábito.
• Somente aquele que pratica atos voluntários age justamente, pois o homem virtuoso deve agir por escolha e de modo voluntário. Ex.: uma pessoa que age de forma correta, não por vontade, mas por obrigação, não comete uma ação justa.
• Segundo Aristóteles, desejamos sempre aquilo que está ao nosso alcance. Somos responsáveis por praticar tanto os atos nobres como os atos vis. Do mesmo modo seremos responsáveis pelos atos virtuosos ou viciosos.
• A virtude moral é um meio termo entre dois vícios que envolvem excesso e a deficiência.
• A escolha está ligada à virtude. Assim, podemos escolher o que iremos nos tornar. E para que nos tornemos bons devemos desde o início praticar o bem.
• Do mesmo modo quando decidimos mal, tal ato será mau, pois o que dirige a escolha é o caráter individual do sujeito que põe em prática tal ato que pode ser bom ou mau. Dessa forma, segundo Aristóteles, demonstramos nosso caráter.

Mais sobre Aristóteles: livro didático, página 298.

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