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[2ª Série] Filosofia: A Revolução Copernicana de Kant

quarta-feira, 8 de agosto de 2018

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A imagem acima ilustra, apesar do didatismo rasteiro, a divisão kantiana entre "noúmeno" e "fenômeno". Essa divisão retrata a “revolução copernicana” de Kant na filosofia.

Sendo, conforme Georges Pascal: “a revolução copernicana de Kant é a substituição, em teoria do conhecimento, de uma hipótese idealista à hipótese realista. O realismo admite que uma realidade nos é dada, quer seja de ordem sensível (para os empiristas), de ordem inteligível (para os racionalistas), e que o nosso conhecimento deve modelar-se sobre essa realidade. […] O idealismo supõe, ao contrário, que o espírito intervém ativamente na elaboração do conhecimento e que o real, para nós, é resultado de uma construção.” p.36  ( O pensamento de Kant)

Conforme Julian Marias: “As coisas em si são inacessíveis; não posso conhecê-las, porque na medida em que as conheço já estão em mim, afetadas pela minha subjetividade; as coisas em si (númenos) não são espaciais nem temporais, e nada pode dar-se a mim fora do espaço e do tempo. As coisas, tal como se manifestam para mim, como aparecem para mim, são os fenômenos. Kant distingue dois elementos no conhecer: o dado e o posto. Há algo que se dá a mim (um caos de sensações) e algo que eu ponho (a espaço-temporalidade, as categorias), e da união desses dois elementos surge a coisa conhecida ou fenômeno. Portanto, o pensamento, ao ordenar o caos de sensações, faz as coisas; por isso Kant dizia que não era o seu pensamento que se adaptava às coisas, mas sim o contrário, e que sua filosofia significava uma ‘revolução copernicana’.”

De acordo com o próprio: “não conhecemos a priori nas coisas senão aquilo que nós mesmos nelas colocamos”  (Kant apud PASCAL)

Portanto, Kant coloca o problema gnoseológico em primeiro plano e abala o reinado “dogmático” da metafísica. Nisso dá a razão investigar a si mesma rsrs. Assim, com a “Crítica da Razão Pura” começa o idealismo alemão, um exemplare inconteste do pensamento moderno, do cartesianismo e do racionalismo.

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