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[3ª Série] Filosofia: Resumo da semana.

quarta-feira, 6 de março de 2013

Em uma espécide de "vale a pena ver de novo", coloco aqui alguns tópicos que foram abordados na aula desta semana.

  • Sartre foi um dos principais filósofos do nosso tempo, tendo focado seus estudos na Ética.
  • Sartre era ateu e buscou desenvolver a sua teoria sobre a Ética desvinculada da religião.
  • É o principal pensador da corrente filosófica Existencialista. O Existencialismo é uma linha de pensamento que defende que, no homem, a existência precede a sua essência. Sendo assim, não existe uma natureza humana - defendida pela maioria das religiões.
  • Argumento que se mostra contra a existência de uma natureza humana: se admitirmos a existência da natureza humana estaremos admitindo também a invariabilidade de suas ações e comportamentos. Entre os animais, por exemplos, as ações são, em sua maioria, justificadas pelo extinto natural à espécie, sendo previsíveis os comportamentos. Mas, entre os seres humanos não é possível admitir um comportamento geral e invariável, pois tudo o que não estivesse compreendido na regra deveria ser concebido como não natural e, portanto, não humano.
  • O Existencialismo de Sartre é ateu, que fundamenta a inexistência de uma natureza humana pelo fato de afirmarem a inexistência de Deus. Religiosos e lguns pensadores defenderam a existência de uma natureza humana - à imagem ou semelhança de seu Criador e com características essenciais presentes em todos os seres humanos.
  • A Filosofia do séc. XX não defende a existência de uma natureza humana - entendida como uma essência comum a todos os indivíduos. O comportamento humano, a sua forma de agir e a maneira de pensar são construídos na sua existência, influenciados pelo meio e pela cultura que estão inseridos.
  • Para os existencialistas o ser humano é entendido como uma realidade imperfeita, aberta e inacabada. Associada à incompletude humana está a liberdade, que não é plena, mas condicionada às circunstâncias históricas da existência.

    (...) Se Deus não existe, há pelo menos um ser no qual a existência precede a essência, um ser que existe antes de poder ser definido por qualquer conceito: este ser é o homem (...) o homem existe, encontra a si mesmo, surge no mundo e só posteriormente se define. O homem, tal como o existencialista o concebe, só não é passível de uma definição porque, de início, não é nada: só posteriormente será alguma coisa e será aquilo que ele fizer de si mesmo.
    (SARTRE, 1987, p. 5-6)
  • Para o Existencialismo, ao nascer o homem não está definido, mas, através de sua existência irá fazer-se homem. O ser humano, por meio da sua liberdade irá se fazer.
  • Para Sartre, o ser humano é condenado a ser livre, isto é, é o próprio ser humano que vai escolher quais caminhos seguir para efetivar o seu projeto de criação de si mesmo.
  • Relação existente entre liberdade humana e responsabilidade. O ser humano, ao mesmo tempo em que é indivíduo, torna-se e realiza-se enquanto ser através da sua relação com os demais de sua espécie e, portanto as escolhas que faz são escolhas que engajam toda a humanidade.

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